Autor: Guilherme Santos – Consultor em Gestão Estratégica Financeira
Existe uma máxima na administração de empresas, que é a maximização dos lucros do acionista.
De certa forma, essa frase funciona como um norte de todas as ações dentro da empresa, sempre buscando maior eficiência e eficácia em todos os projetos de todos os departamentos, para alcançar a maximização dos lucros dos acionistas.
Mas acontece, que principalmente nas micro e pequenas empresas, essa frase é distorcida e muitos empresários a confundem com: o principal objetivo de uma empresa é a maximização das receitas dos acionistas.
E aí começam a maioria dos problemas. Muitas empresas no Brasil surgem da necessidade de alguém ter alguma renda, e ao crescer em tamanho e complexidade, essa mentalidade se mantém, se tornando um problema que pode acabar falindo o negócio.
Ao existir, uma empresa se torna um organismo vivo e complexo, com demandas e necessidades mensais, inclusive de caixa. E não raras as vezes, o empresário acaba confundindo o que é obrigação da empresa com as suas obrigações pessoais, por exemplo, aumentando seu pró-labore ou retiradas, sem o devido controle e planejamento, apenas porque precisa.
Esse conflito de interesses, entre a saúde financeira da empresa e a necessidade financeira do acionista, também acaba causando desconforto entre aqueles que estão diretamente envolvidos no processo.
Diante de uma situação de fluxo de caixa inconsistente, em que compromissos financeiros não estão sendo honrados, começam a questionar a capacidade operacional da empresa em sustentar a realidade do fluxo de caixa empresarial/pessoal.
Este é um problema muito comum que precisa ser logo evidenciado e tratado, para não ser uma forte causa de uma significativa fraqueza financeira da empresa.
Os interesses precisam ser muito bem separados, o que é da empresa e o que é do acionista, somente assim, a empresa conseguirá ter alguma chance de se manter saudável e consistente no seu objetivo de maximizar os LUCROS dos acionistas.